Miley Cyrus concede nova entrevista: “eu levei todas as porradas por vocês. Tudo que deixaria as pessoas furiosas, eu já fiz”

“Eu nunca ‘comecei a fazer a música’. Eu sempre fiz música”. Assim, confiante e consciente de si mesma, Miley Cyrus concedeu uma entrevista para Anthony Mason no CBS News, nos Estados
Unidos, como parte da divulgação do álbum “Younger Now”. “A primeira música que escrevi se chamava ‘Pink Isn’t a Color, It’s an Attitude’. Muito profunda!”, ela tira sarro de si mesma.
Repórteres, fotógrafos, fama: nada disso assusta Miley – por mais que também não a atraia. Filha de Billy Ray Cyrus e neta de Dolly Parton, ela nunca conheceu outra vida. “Sempre foi muito normal, por causa deles. Você acorda, toma café com seu pai e depois o acompanha em um show para 20 mil pessoas. Isso é normal. Esse também pode ser o problema comigo! Isso é uma terapia. Nós estamos tentando descobrir oque há de errado [durante a entrevista]. Muitas pessoas sentaram em sua cadeira e tentaram descobrir isso, mas não conseguimos”, ela discursa.

Miley sente que todo mundo nos Estados Unidos tem uma opinião sobre ela. “A América sente que é minha tia. ‘Você cresceu muito, não quero ver você crescer!'”, conta. Fora a questão familiar, Miley tem seu público próprio – desde “Hannah Montana” no Disney Channel. Há uma geração aí que cresceu com ela. “Eu achoque o motivo das pessoas amarem tanto ‘Hannah Montana’ é que ela parecia real. Eu definitivamente olho para trás como uma época boa. O que foi difícil para mim foi equilibrar tudo. Acho que o mais difícil foi quando comecei a fazer duas turnês – fazia turnê como Hannah Montana e como eu mesma. Como você resolve isso?”, reflete.
Para a cantora, a fase em “Hannah Montana” foi responsável por muitas de suas atitudes na vida adulta. A ideia de “matar Hannah Montana” e mostrar para o mundo que ela não é a personagem. “Eu sinto que isso causou algum ano extremo na minha psiquê como pessoa adulta”. A fase “Bangerz”, marca da ruptura, foi bastante escandalosa. “Eu não percebi que isso iria me transformar na pessoa que verdadeiramente sou. Mudou minha vida. Sinto como uma fase divisora de águas, um limite muito claro”, fala, “no VMA de 2013, quando o mundo inteiro soube que eu me vesti de urso Teddy, dancei com Robin Thicke e falou sobre isso por tanto tempo… entendi o meu poder. Eu acordei e, você sabe, estava em todos os canais de notícias. Todo mundo tinha uma opinião. Eu só estava fazendo o que queria, e não estava ferindo ninguém, então é uma coisa boa”.
Ela lembra com bom humor da época de polêmicas – como quando deixou Paul McCartney desconfortável quando apresentou Joan Jett no Rock & Roll Hall of Fame com os peitos de fora e adesivos nos mamilos. “Ele ficou vermelho. Ele ficou tão vermelho, queeu gostei. Eu gosto de saber que deixei Paul McCartney perturbado! Porque eu ficaria nervosa de conhecê-lo, e ele que acabou nervoso por me conhecer! Os papéis se inverteram”, se diverte.
Por isso tudo, Miley Cyrus acredita que abriu portas para que outras cantoras possam fazer o que bem entenderem no palco – ou em fotos no Instagram. “Todas vocês, sejam bem vindas. Eu levei todas as porradas por vocês. Tudo que deixaria as pessoas furiosas, eu já fiz, então nada parece tão mal comparado ao que eu fiz. Eu tenho uma frase pregada no lugar onde faço yoga que diz ‘quanto mais você ama suas próprias decisões, menos você precisa que as pessoas as amem'”.

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