MC Carol é confiante ao falar do corpo e do marido, preso por agressão: ‘Se eu desse bola para os outros, não sairia de casa’

“Quando ela chega, rouba a cena, deixa os moleques babando”. A música de MC Bola cabe bem para descrever MC Carol. Com voz de menino, corpo fora do padrão das funkeiras de sucesso e uma
autoestima de dar inveja, a cantora de “Minha avó tá maluca” é o grande destaque do reality “Lucky ladies”, no ar às segundas-feiras na Fox. Suas tiradas e seu jeito espontâneo também ficam evidentes nas redes sociais, onde a ex-MC Carol Bandida faz sucesso com imagens sexies e mensagens positivas.
— Eu estou muito bem do jeito que estou, acho meu rosto muito bonito. Eu posto essas coisas para as mulheres abrirem a mente. Elas têm que olhar no espelho e se valorizar. Se eu desse bola para o que os outros falam, nunca sairia de casa — resume ela.
Lucky Ladies
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A timidez da funkeira até aparece entre uma pergunta e outra da entrevista, mas ela logo se solta ao lembrar a inspiração para compor “Bateu uma onda forte”, sua atual música de trabalho: num baile funk após uma festa de Natal, já embriagada de vinho, Carol foi chamada para cantar.
— Na hora em que eu peguei o microfone, deu aquele branco, fiquei uns dez minutos sem falar. Aí olhei para cima do poste de luz lá no fundo e, de repente, soltei: “Ih! Bateu um onda forte! Tô vendo um macaco em cima do poste”. O povo amou e virou música — conta.
Mary Silvestre e MC Carol durante
Novo hit
O próximo funk que Carol de já está pronto, mas ainda não tem nome. O tema da letra? Os índios! “Nada contra ti, não me leve a mal, quem descobriu o Brasil não foi Cabral”, diz o refrão da canção, lançada hoje em primeira mão para os leitores do EXTRA.
— Fiz essa música meio de brincadeira com um pessoal de uma faculdade. Acabou ficando legal — conta Carol, que é fã de heavy metal e Edith Piaf: — Eu só ouço coisa doida. Eu gosto de heavy metal, adoro “Ne me quitte pas” (Piaf), “La bohemia” (Charles Aznavour) e “Parla piu piano”, italiana, da trilha de “O Poderoso Chefão”. É meu filme preferido.
Mas Carol também sabe falar sério. Aos 21anos, a cantora já é casada, e seu marido tem que dormir na cadeia, em regime semiaberto, cumprindo pena por ter batido nela e mantido a jovem em cárcere privado.
— Se a gente não acreditar nas pessoas, elas não têm motivo para mudar. Meu marido teve muitos problemas na vida dele e se envolveu numas paradas erradas. Eu cuidei dele, e ele ficou muito obsessivo comigo. Mas hoje em dia já mudou muito — explica ela, que tem Tati Quebra Barraco como um porto seguro: — Ela foi como uma mãe para mim (na gravação do “Lucky ladies”, que termina 10 de agosto). A gente tem o mesmo sobrenome (Lourenço) e rostos parecidos. Ela tem uma filha com meu nome e minha idade. São muitas coincidências.
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Redes sociais
Como sua guia, Carol quebrou alguns barracos durante as gravações do reality, que vai ao ar às segundas-feiras na Fox Light, principalmente com sua xará Karol Ka.
— Eu sinto que a Karol está no funk mais pelo dinheiro. Acho que ela vai ser uma dessas pessoas que começa no funk e depois fala que não é funkeira — alfineta a niteroiense, do Morro do Caramujo.
Como em suas canções, as polêmicas são o combustível de Carol nas redes sociais. Com três perfis no Facebook, um no Instagram e um no Twitter, a funkeira adora compartilhar fotos do seu dia a dia e já acumula cerca de 50 mil seguidores.
O sucesso virtual começa a aparecer na vida real da jovem. Desde que começou o reality, sua vida mudou. Carol agora é reconhecida na rua e tem viajado cerca de três vezes por semana — antes, eram três por mês. Seu público também tem se diversificado. Hoje, segundo ela, seu público mais cativo é o LGBT.
— Antigamente, eu só fazia baile de favela, que é desorganizado. E o público gay é mais organizado, é outra parada, eles são divertidos. Eu amo o público gay, de verdade mesmo. Eles são muito animados, mostram que gostam de mim — conclui.
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