“Hoje” em 14º no iTunes Brasil, sendo mais baixado do que trabalhos de gente como Shakira e Ariana Grande.
A mudança de nome acompanha o amadurecimento da cantora, que agora tem uma equipe enorme (que inclui banda, ao invés de apenas DJ) e que musicalmente flerta com o pop e não se restringe ao pancadão.
Música Na Veia: Ludmilla, conta pra gente como rolou sua trajetória musical. Você começou a fazer música muito novinha. Com oito anos já cantava Alcione, pagode, etc. Como foi se apaixonar pela música logo cedo? Você tem músico na família ou foi algo que você mesmo buscou?
Ludmilla: Meu padrastro toca pagode e minha mãe sempre foi muito pagodeira, minha avó também… Todo mundo da minha família sempre curtiu e eu comecei a frequentar pagode desde cedo. Um dia, em uma festa, vi um DVD da Beyoncé passando. Resolvi comprar, quando cheguei em casa e fui assistir, me apaixonei. Pensei: “Como alguém consegue fazer isso? Quero fazer também!”. Eu já gostava de cantar e segui por esse caminho, e não parei mais.MNV: Como foi que o funk entrou na sua vida?
Comecei a frequentar as festas de funk, dançava muito… Até que um dia fui numa festa e uma pessoa que fazia as batidas falou que precisava de alguém que cantasse. Eu era a única da rua que cantava e sabia rimar na hora. Arrisquei e todo mundo adorou. Os meninos que organizavam festa começaram a me chamar para cantar. Aí meu tio virou pra mim e falou: “Você quer mesmo ser MC?”. Falei: “Eu quero, tio”. Ele me levou para um cara que trabalhava funk, gravei a música “Fala Mal de Mim” e estourou!MNV: Você esperava que “Fala Mal de Mim” ia ter todos esses acessos quando postou no YouTube?
Não esperava mesmo. Eu nem dormia, ficava contando quantas visualizações o vídeo ia ganhando, uma por uma. Depois de uma semana fiquei nessa, aí resolvi dormir. Quando eu acordei, o vídeo tinha 1 milhão de acessos, menina! O que é isso? De repente meu telefone começou a tocar, eram DJs, contratantes… só pensava “caraca, meu Deus!”. E era isso mesmo que eu queria.MNV: A história do MC Roba Cena que ofereceu uma música para você, e no final veio alguém e gravou antes, foi um divisor de águas na sua carreira, pois a partir da sua frustração você compôs “Fala Mal De Mim”, que a tornou famosa. O que você tem a dizer para seus fãs que passam por situações difíceis e têm que encontrar uma força do fundo da alma para continuar?
Você tem que parar e pensar que a vida é uma só. Ninguém sabe para onde vai depois que morre. Tem que aproveitar que você está aqui, Deus te deu o dom (seja de cantar, dançar, até construir casa, transmitir uma informação…) então tem que aproveitar isso e não deixar ninguém vir e derrubar um caminhão de areia em cima desse seu sonho. Nunca desista na primeira dificuldade.MNV: A gente sabe que você curte a Beyoncé. Que outros artistas você admira?
Rihanna, Ciara, Ariana Grande, e aqui do Brasil ouço muito Amsterdã, Belo…MNV: Falando em Belo, como foi fazer “Não Quero Mais” parceria com o músico? Você era fã dele, né?
Aí também é o lance de nunca desistir. Quando eu estava em começo de carreira, o encontrei no camarim dele e falei: “Um dia ainda vou cantar com você.” Ele olhou pra minha cara e deve ter pensado: “Ah, tá bom, maluca” (risos). Agora temos uma música gravada juntos. Fiquei muito feliz. Meu empresário conhecia um amigo dele e falei que era muito fã, ele nos apresentou e cantei para o Belo e ele adorou.MNV: Você ficou muito emocionada?
Ô! Eu e minhas amigas! Saí ligando para as minhas amigas para contar a novidade, elas ficaram loucas!MNV: Com que outro músico você gostaria de fazer uma parceria?
Beyoncé.MNV: Eu já sabia! (risos). Sua música ficou mais pop, né? Antigamente era bem enraizada no batidão. Isso é por conta da sua carreira internacional?
Sim, tem a ver com isso. Quanto mais você trabalha e fica reconhecida, mais você vai sacando o que te traz sucesso. Agora estou fazendo coisas que eu não fazia antes e essa batida mais pop tem a ver com meu sonho de conquistar o mundo. Tem a ver com chegar em outro país e a Beyoncé me conhecer, por exemplo, saber que eu existo. Quanto mais eu mostro o que sei fazer, mais coisas consigo. Antes eu era muito fechada, não gostava muito de falar. Agora mostro e faço o que quero.MNV: Como é essa história de que tem mês que você faz 60 shows? Como é possível? Da onde vem essa energia?
Quando era eu e um DJ, eu conseguia fazer 60 shows. Agora (com banda) é impossível.MNV: Mesmo assim sua agenda é super cheia, tem dias que você tem mais de um show em lugares diferentes.
É porque eu gosto mesmo, entendeu? Eu posso estar cansada, morta, já ensaiei, viajei, gravei programa, dei um bilhão de entrevistas… Mas aí eu subo no palco, não sei o que acontece. Caraca, aí eu consigo!MNV: O palco é realmente o seu lugar, né?
Isso aí. Vem uma energia do além.
MNV: Uma vez você disse em uma entrevista que no começo você só mostrava suas composições para a sua irmã, e só depois tomava coragem de mostrar para o público. Ainda é assim?
Sim, mostro primeiro minhas músicas para a minha irmã ou minha mãe, quem estiver perto de mim da minha família. Depois é que vou mostrar para alguém de fora. São minha primeira aprovação, sou super família.MNV: Ainda dá tempo de ficar em casa, de boa, descansando, curtir um hobby, …?
Nunca mais eu tive tempo pra isso! Só durmo no avião e no carro agora. Mas a loucura faz parte, depois conquisto meu tempo.MNV: Conta pra gente um pouco do seu estilo. Em quem você se inspira para se vestir?
Eu que escolho minhas roupas. Vejo algo interessante na Internet e vou atrás. Quando não consigo achar alguma roupa vou até meu estilista e peço pra ele. Gosto de combinações inusitadas tipo blazer e shortinho.
Comentários
Postar um comentário