Frank Ocean critica Grammy: “essa infraestrutura de premiação é datada”

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Ninguém entendeu nada quando a imprensa americana noticiou que Frank Ocean estava de fora da corrida pelo Grammy 2017. Ele lançou dois álbuns dentro do prazo para avaliação, mas não submeteu
os trabalhos para a National Academy of Recording Arts and Sciences. Não foi um erro de sua equipe, no entanto. Frank decidiu deliberadamente não participar da premiação, como um ato de protesto. Ele acredita que o Grammy não representa mais a música atual, além de não reconhecer verdadeiramente os artistas negros: é difícil vencerem a categoria principal, Álbum do Ano, mesmo quando são favoritos.

– Essa instituição certamente tem uma importância nostálgica. Apenas não parece ser muito representativa para pessoas que vieram de onde eu venho, e mantenham o que eu mantenho. Eu acho que a infraestrutura do sistema de premiação, do sistema de indicação e do sistema de seleção está datada. Eu prefiro que esse seja meu momento Colin Kaepernick no Grammy do que sentar lá na plateia. Eu acredito que sou um dos melhores do mundo no que faço, e isso é tudo que eu queria ser. É mais interessante, para mim, descobrir como ser superior em áreas onde sou um novato. – Frank declarou em entrevista ao jornal The New York Times.
O Colin Kaepernick que ele citou é um jogador de futebol americano que se ajoelhou durante o hino nacional dos Estados Unidos, em protesto ao racismo contra afro-americanos. “Eu não vou ficar de pé e mostrar orgulho pela bandeira de um país que oprime pessoas negras e pessoas de cor. Para mim, isso é maior do que futebol e seria egoísta da minha parte ver dessa maneira”, declarou o atleta.
Em 2013, Frank Ocean foi indicado a Álbum do Ano no Grammy por sua estreia em “channel orange”, mas perdeu. Ele recebeu apenas os troféus de melhor álbum urbano contemporâneo e melhor colaboração rap por “No Church In the Wild”.

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