Rapper Emicida dá 'tapa' no visual e apara barba antes de estreia no SPFW

No camarim da grife LAB, que estreia nesta edição de verão do SPFW, o rapper Emicida era o mais assediado. Só falava com ele quem tinha hora marcada. Minutos antes de mostrar aos fashionistas a
coleção assinada por ele e por seu irmão, Evandro Fióti, o músico parou tudo para dar um "tapinha" no visual.
Um dos cabeleireiros foi deslocado para cuidar do artista, que precisava aparar a barba. "Tenho que usar barba para não ficar com cara de menino. Já uso blusa com desenho... Já viu, né?" brincou ele, que completou 30 anos de idade em agosto.
Antes de sair correndo escoltado por duas assessoras, Emicida explicou que fez questão de trazer pessoas excluídas pelas sociedade para brilhar na passarela. "Uma nação não tem que ser dividida pela sua cor ou corpo. Colocamos na passarela pessoas comuns que tratam a realidade. Muita das vezes a gente vê muita coisa, não só na moda, que não condiz com a realidade de um país. Estamos mostrando o que é o Brasil", resumiu ele.
O empresário Evandro Fióti, irmão do músico, garante que colocar mais negros e menos brancos no desfile não teve como objetivo fazer um  protesto social. "Apesar de o Brasil  ser muito racista e preconceituoso, não estamos aqui para brigar ou criar polêmica. A ideia é retratar o Brasil como ele realmente é. A moda tem que ser inclusiva e não gerar magoas ou destruir sonhos nas pessoas. A gente só espera que isso sirva para todo mundo refletir e buscar algo melhor nos seres humanos", diz ele.
"Nunca tivemos o sonho de entrar na moda. Aconteceu naturalmente. Uma banda fez camiseta com frases legais e o público gostou e se identificou", explicou ele.

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